Existem pessoas que se dedicam a tirar proveito da desatenção do cidadão, procurando vulnerabilidades no sistema democrático. Estão permanentemente criando novas ameaças e colocando-as em prática contra a liberdade e a segurança das comunidades. Daí a máxima de que “o preço da liberdade é a eterna vigilância”, antecipando os riscos que podem advir. Temos que manter sempre uma eterna vigilância contra aqueles que procuram violar os direitos elementares da cidadania.
Projeto de lei, já aprovado em comissão e que agora vai a plenário na Assembléia Legislativa do Estado, quer carnear a Ilha de Santa Catarina, transformando-a em duas “cidades”: Florianópolis do Norte e Florianópolis do Sul. A quem interessa a criação de um novo município no norte da ilha? Ao povo é que não: vai ter de pagar os salários de um novo prefeito, de um novo vice-prefeito, de seis a dez secretários municipais e, sobretudo, uma nova Câmara de Vereadores, com 11 edis contratando de dois a cinco pessoas para cada gabinete (escolhidos sob a ética de “pessoas de confiança”); mais um mínimo de 2 servidores de carreira para cada gabinete, além de carros, comissões, (serviços terceirizados etc etc); mais os Procuradores que, via chicanas jurídicas vão ganhar mais do que o Presidente da República; taquigrafas, motoristas, telefonistas, médicos, seguranças e o rapazinho da xerox. Não existirão interesses ocultos por traz, como a criação de cargos eletivos para empresários falidos ou por quem deseja implantar pedágios nas rodovias SC-401 e 402, já que, tornando-as vias intermunicipais, a cobrança não seria mais inconstitucional?
Zininho, o’ Zininho, onde estás que não fulminas com teus raios da indignação e teus trovões do desprezo? Como ousam separar, da ilha da “moça faceira/ da velha rendeira tradicional”, a ilha da “velha figueira/ onde em tarde fagueira/vou ler meu jornal”? Em qual cidade vai ficar “tua lagoa famosa/ternura de rosa/poema ao luar/cristal aonde a lua vaidosa/ sestrosa, dengosa/vem se espelhar....” ?
Conheça a íntegra do poema de Cláudio Alvim Barboza, o Zininho
Rancho de Amor à Ilha
Um pedacinho de terra, perdido no mar!... Num pedacinho de terra, beleza sem par...
Jamais a natureza reuniu tanta beleza jamais algum poeta teve tanto pra cantar
Num pedacinho de terra belezas sem par! Ilha da moça faceira, da velha rendeira tradicional Ilha da velha figueira onde em tarde fagueira vou ler meu jornal.
Tua lagoa formosa ternura de rosa poema ao luar, cristal onde a lua vaidosa sestrosa, dengosa vem se espelhar...
Comments