O dia da Consciência Negra serviu para chamar a atenção de mais uma injustiça neste país tão injusto: os negros com título superior devem estar mais preparados, mais interessados, mais disponíveis e mais prestativos que seus companheiros brancos. Assim mesmo vão ganhar menos que eles.
No Dia da Mulher, ficamos sabendo que elas ganham menos que os homens na mesma posição hierárquica. As feministas alegam praticar uma tripla jornada: funcionárias-mães-esposas. Os patrões, por isso mesmo, alegam que elas só produzem um terço que os homens e lhes pagam a metade. Uma busca no portal do Congresso Nacional mostra que existem em trânsito nada menos do que 356 projetos de lei e outras proposições, visando melhorar a condição feminina.
Já Temos o Estatuto do Índio, do Idoso, da Companheira, do Menor, do Adolescente e assim vai. Será que, como ocorreu na África do Sul, onde os negros eram confinados nos “bantustões” (cidades-vilas onde só podiam se afastar mediante autorização expressa da autoridade policial). O Brasil, por excesso de leis protetoras, pode acabar criando “castas”, seja por raça, cor, origem ou idade, e provocando um efeito contrário ao pretendido, isto é, afastá-las do mercado formal, por excesso de direitos e pouca opção ao empregador.
Comments