Com diz a música, “Você sabe para onde está indo? Você gosta das coisas que a vida está lhe mostrando?". Afinal, 40 anos é velhice, como acusam os jovens, ou 50 anos é juventude, como contestava Victor Hugo? Os jovens lamentam o tempo perdido dizendo “ah, se eu soubesse”. Já os velhos lamentam: “ah, se eu pudesse”.
O fato é que os jovens de hoje vivem angústias que outras gerações não viveram, como aquela de nem poderem se manter, quando seu pai tem um nível de vida bem superior ao que tinha seu avô, que já era um pouco melhor do que o bisavô. É claro que não se pode voltar ao passado. Não se pode desfritar um ovo, recolocá-lo dentro da casca. Mas não se pode deixar de pensar no assunto: e se eu tivesse cometido menos erros, ou tivesse cometido mais erros? E se pudesse recomeçar a vida, onde mudaria mais? Escalaria mais montanhas em vez de jogar videogame? Escolheria professores que cobram a lição da véspera ou prestigiaria aqueles que incentivam a contestação, o anti-disbunde, a indignação, a curiosidade e a inquietação? “Aprender” as lições que sei que estão no livro ou “aprender” a viver? A seriedade provoca mais doenças que prestígio, mais erros do que alegria.
Afinal, não seria bem melhor se os Estados Unidos, no lugar de declararem guerra ao Iraque, patrocinassem festivais internacionais? Dizem que o velho diabo é sábio não porque é diabo mas porque é velho. Mas Will Durante afirma o contrário - “a jovialidade é mais sábia do que a sabedoria”. Por isso, meu amigo, não permita que o sol da meia noite paralise sua força de viver: carpe diem (aproveite o dia)...
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