O mundo gira e a lusitana roda. Ou, como lembrava Drumond: “Mundo vasto mundo. se eu me chamasse Raimundo. seria uma rima, não seria uma solução”. Afinal, quantas vezes a terra terá de girar para compreendemos o momento presente? Tudo isso porque não conseguirmos decifrar o mais novo mistério: a internet veio para explicar ou para confundir? Há pouco mais de 2 mil anos um caçador necessitava de 25 km quadrados para obter a caça que lhe dava alimento. Há um século o mesmo espaço, agriculturável, permitia alimentar 5 mil pessoas; hoje, com o agro-business, pode se alimentar 50 mil pessoas. Nos anos 60 as multidões davam volta aos quarteirões para assistir aos filmes de James Bond. Com populações 3 vezes maior, hoje isso seria impossível. Para isso veio a televisão. E os jornalões? Nos anos 70 o mundo era tomado pelos mastodontes da imprensa escrita.
Veja algumas cifras: a edição do diário New York Times do dia 5/8/87 pesava 6,35 kg; o japonês Shukan Jutaken de 10/1/90 tinha 1.940 páginas; os comunistas Pravda e Izvestia juntos tiravam 15 milhões de exemplares diários. Individualmente, o japonês Yomiriu Shimbun era o recordista, com 14.810.000 exemplares. É lógico que hoje não haveria florestas, rotativas e transporte para suprir um simples crescimento vegetativo. Aí veio a internet É verdade que pouco mais de 10% das populações sabem o que seja, têm acesso e conseguem utilizá-la. Mas se até as aldeias indígenas de Santa Catarina já estão recebendo computadores puglados na era digital, é mais que evidente que a novidade se integrou e quanto mais rápido aderirmos mais proveito tiraremos. Por isso meu amigo, não me perguntes quem mudou. Como na época da evolução das espécies, quem não se adaptar perecerá.
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