Em Floripa, para comprar moeda estrangeira no Banco do Brasil, existe uma única agência e um único caixa. Após esperar pacientemente na fila, abrindo mão de sua preferência por idade, quando chegou a vez do leitor, a senhora caixa informou que só vendia moedas para quem estivesse na fila antes das 15 horas. O cliente sugeriu que colocassem um aviso e foi embora. No dia seguinte estava na fila antes das três, mas, ao chegar sua vez, a mesma caixa informou que só dispunha de dólares (o leitor queria euros); o cliente perguntou por que, como naquele samba, “não punharam um recado na porta?”, evitando-se a espera de Godot, aquele que nunca chega. Na terceira vez, já munido de pouca paciência pelo descaso do banco, o cliente, que era o segundo da fila, desistiu, de novo, pois a famosa caixa disse que, na hora do almoço, tinha instruções de atender a fila do caixa ao lado, cujas pessoas dispunham de vários caixas, mas o leitor só podia ficar naquela fila, a do câmbio. Achando- se duplamente desconsiderado (pois sua fila só tinha duas pessoas que poderiam rapidamente ser atendidas e ainda merecer preferência por força de lei) o leitor, inatendido, saiu se perguntando o que está acontecendo com o centenário banco. E foi comprar seus euros na informalidade do Calçadão, não sem antes encerrar sua conta.
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